Depois do sindicalista, a guerrilheira



Publicado em: O Gaiense, 8 de Janeiro de 2011

Participei, no dia 1, na tomada de posse da nova Presidenta do Brasil. A mulher que vai definir o futuro do país é uma mulher com um passado marcante.
Nos anos 60, com o movimento estudantil ao rubro, Dilma Rousseff participa na luta contra a ditadura, militando em organizações clandestinas como a Política Operária, o Comando de Libertação Nacional e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares. No início de 1970 foi condenada por “subversão” e passa quase três anos no presídio Tiradentes, onde foi torturada. O promotor militar que preparou a acusação classificava-a como "Joana d'Arc da guerrilha" e "papisa da subversão".
A participação na luta armada contra o regime militar foi tema de ataque da direita durante a campanha presidencial. Sem efeito. Dilma ganhou as eleições e, no discurso de tomada de posse, lembrou “muitos da minha geração que tombaram pelo caminho” e disse: “divido com eles esta conquista e rendo-lhes a minha homenagem”. Algumas ex-colegas de prisão assistiam emocionadas.


Sem comentários: