Barroso aprovado pelo Parlamento Europeu








Durão Barroso acaba de ser aprovado para um segundo mandato com 382 votos a fovor, 219 votos contra e 117 abstenções, ou seja, 53,2% a favor, 30,5% contra e 16,3% de abstenções.

No seu discurso agradeceu a José Sócrates o apoio, sem o qual esta vitória nunca teria sido possível.

Com esta votação inicia-se o segundo mandato de Durão Barroso como presidente da Comissão. E começa o complexo processo de negociação com os governos dos 26 Estados-Membros (todos menos Portugal) para a divisão dos pelouros na nova Comissão e designação dos nomes que hão-de posteriormente vir a ser submetidos a análise e votação no Parlamento Europeu. Lembremo-nos que, há cinco anos, os deputados rejeitaram a primeira proposta de nome apresentado pelo governo de Berlusconi. Há, pois, ainda um longo caminho a percorrer até termos instalada a Comissão Barroso II.

Algumas críticas foram apresentadas em relação à oportunidade de dar início a este processo num momento em que a União Europeia está envolvida em difíceis negociações, nomeadamente no âmbito das novas regras ambientais a serem estabelecidas na cimeira mundial de Copenhaga, em Dezembro. Não só porque a questão institucional europeia continua por resolver e poderá estar em vésperas de significativas alterações, mas sobretudo porque os longos procedimentos de constituição da nova equipa de Comissários poderiam prejudicar a disponibilidade, a capacidade negocial e a autoridade da actual Comissão, agora presidida por Barroso II, mas ainda constituída por Comissários da Comissão Barroso I já em pleno processo de substituição. Entre eles há mesmo três Comissários - Algirdas Semeta, Pawel Samecki e Karel de Gucht - que foram nomeados há apenas dois dias e cujo mandato se inicia em pleno processo da sua própria substituição.

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